sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Antagônico ao Amor
Antagônico ao Amor
Fabíola Colares
Capa, diagramação, editoração: Júlio Schmidt
Foto e produção: Regina da Rocha
Patrocínio parcial: Lei Rubem Braga
Apoio: Grupo CJF, Mercedes Colares, Nix Acessórios, Karina Cassotti, Gabi King
Meu novo livro foi lançado. É sempre emocionante trazer um trabalho a público.
Dia 08/08/2014 aconteceu o lançamento e é com imensa alegria que informo a todos que o livro está a venda.
Valor: R$ 10,00
Por enquanto as vendas estão sendo feitas diretamente comigo ou na loja Knix.
Mais informações, deixem recado.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Disponibilizei meu livro Diário erótico - "Suas histórias pelos meus contos" no site Bookess.
Livro de contos eróticos, ilustrado por Attílio Colnago, prefaciado por Ernane Batista e com arte de Jamille Tedesco.
http://www.bookess.com/read/8596-diario-erotico-suas-historias-pelos-meus-contos/
quarta-feira, 9 de março de 2011
O que realmente importa?
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Festa de Iemanjá
Dia: 02 de fevereiro de 2011
Local:
Entrega do Balaio: Píer de Iemanjá - Av. Dante Michelini - Praia de Camburi - Vitória - ES
Horário no píer: a partir das 17h
Festa religiosa: Nzo Mussambu riá Kukuetu
Horário da festa religiosa: a partir das 20h
Endereço: Rua Villa-Lobos, nº 11 - Bairro de Fátima - Serra -ES
Ponto de referência: na subida do Bairro de Fátima, vindo de Camburi, entrar à direita no Motel Star - Ir até o final da rua e virar à esquerda na rua do muro da reserva da Vale. Seguir até o final da rua. Próximo à nova unidade de saúde do Bairro de Fátima.
Contato: 27 3347-1885 (Nzo)
27 9257-3089 (Fabíola)
Kuiza Kiambote (Seja bem vindo)
sábado, 29 de janeiro de 2011
15 minutos
Como tudo é breve, num passo rápido, fechei a porta do quarto à chave. Não era para ser assim para uma despedida, mas como será breve o tempo que nos separa e o horário da partida já estava próximo, foram os 15 minutos de intensidade que fizeram a diferença.
Voltei para a cama tirando as roupas e puxando-a pelas pernas para livrá-la da bermuda e da calcinha. A blusa vermelha ficou erguida, deixando apenas os seios de fora e na brevidade do espaço entre eles e o sexo, alternava chupões e sugava intensamente a disponibilidade do desejo.
No calor do verão de janeiro, os corpos suados, colados, num ritmo rápido, entre gemidos e sussurros na busca da satisfação das saudades antecipadas. - “Eu te amo!” – Disse a mim com a respiração ofegante e os olhos fechados, enquanto o meu corpo ia e vinha no ritmo do dela cada vez mais rápido, com as unhas cravadas nas minhas costas e eu a segurando pelos cabelos, com a boca colada à dela.
E enlaçada a ela, pedi que virasse de costas, sem parar de tocá-la durante o orgasmo e sem perder o ritmo dos nossos corpos, que atritavam de desejo e prazer, na rapidez que a necessidade pedia, gozando, gemendo, indo e vindo até perder o controle e desfalecer, soltando o peso do corpo no dela.
Em 15 minutos que não voltam, como o tudo que é breve, nem preciso aguardar o seu retorno para te dar a certeza de que te quero ainda mais. Que seja na brevidade do tempo ou na dimensão do eterno enquanto durar.
Fabíola Colares
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O que você vai ser quando chover?
Coçou a testa, ali, bem acima da sobrancelha esquerda. É a mais bonita, a mais bem feita. Coçou de novo. Ajeitou os óculos, se remexeu pra lá, se remexeu pra cá... Depois de estralar os dedos, arreganhou as pernas e passou os pés por trás dos pés dianteiros da cadeira. Meio encurvada, olhava para a tela do computador. Tinha passado o dia escrevendo e mais de quinze mil caracteres encheram sete páginas com margens superiores e inferiores, quantidade de caracteres, fonte, título centralizado em negrito, tipo e tamanho de letra pré-definidos. Há tempos que não conseguia escrever nada e nada inteligente sairia dela, claro. Ficava pensando em como as pessoas arranjam idéias para escrever coisas que as façam parecer inteligentes. Nem queria pensar.
Estava mais quente do que poderia suportar e mais silêncio do que poderia querer. Era isso. Só podia ser. Tinha mesmo de discernir? Tinha não. Ficou um calombo onde coçou acima da sobrancelha. Hein? O que é calombo? Ah, é a mesma coisa que babinha.
Lembrou do texto do Monteiro Lobato “E era onça mesmo”. A coragem patética do Pedrinho a deixava enjoada e a insuportabilidade da Emília era puro luxo. Deve ser daí que saiu sua acidez. Passava o dia inteiro assistindo “Sítio do Pica-pau Amarelo”. Hoje pensa que Visconde de Sabugosa é gay e tem um caso com o marquês de Rabicó e que casaram ele com Emília só para encobrir os fatos. Da mesma forma que Mickey e Pateta são caso. Agora pronto, veio uma enxurrada de desenhos animados, todos questionáveis com suas mensagens subliminares.
Tantas perguntas rondam sua mente vazia... O que mais pode querer da vida? Pode escrever o que quiser. As frases não são incoerentes, assim como as idéias também não. E daí se ela rima alho com bugalho e é tão previsível quanto a rima que usou?
É doida! Ontem decidiu acabar definitivamente com a farsa de tantos anos, dizendo para alguém que a fez sofrer demais que sabia de tudo. Sempre soube, na verdade. A pessoa negou que tivesse falado as coisas que afirmou. E vem ao caso? Alguma coisa veio até agora? O importante é que sabia o tempo todo e tinha certeza do que estava falando.
É um emaranhado de coisa presa, de palavra solta, perdida na cabeça... Nem sabe como colocar tudo em ordem, pois é caos o que pensa agora. Melhor soltar tudo, abrir a comporta do coração, deixar jorrar tudo e tirar a taramela da língua. O que é taramela? É a mesma coisa que tramela, uai! Aconselha que leiam “O caso enrolado do menino calado”, de Jonas Ribeiro e saberão do que ela tanto fala, do que tanto deseja. E olha que ela nem é de ficar matutando pelos cantos. Faz tudo o que quer, na hora que bem entende.
Mas até agora ela só falou de coisa de criança! - Vocês hão de pensar – Acontece que desde o tempo de criança que não se perguntava: o que você vai ser quando crescer? Como ela não tem como crescer mais, preferiu pensar no que ser quando chover.
Calor dos diabos! - Pensou – Quando chover eu quero voltar a ser gente.